Sinopse:
Há um final apoteótico, com os fantasmas de 32 mecenas a invadir a cena, entre eles Peggy Guggenheim, Calouste Gulbenkian, Catarina da Rússia, e mais um, o conde Charles de Noailles, que no Natal de 1929 deu carta branca a Luis Buñuel para realizar L’Âge d’Or, filme-escândalo que agitou a sociedade parisiense de então. Livremente inspirada em O Meu Último Suspiro, livro de memórias do realizador espanhol, e nas botinas do seu Diário de uma Criada de Quarto, esta “pequena paródia” de Jorge Silva Melo foi um dos “divertimentos” lidos em 2007 em Mecenas, Mecenas, evento onde se teatralizaram as relações entre mecenas e artistas, casais eternamente condenados à suspeição e ao amor. Numa noite do Inverno de 1975, uma criada anuncia a visita de Buñuel ao palacete de Hyères, onde ainda vive o conde de Noailles, oportunidade para rememorar os loucos anos 20 e o seu perfume de libertinagem sexual e artística. Mas as jóias de família já se foram, as lâmpadas do lustre fundiram-se, a gripe surrealista deu lugar ao colesterol. Para que serve a arte, e o dinheiro? A resposta, provocatória, surge numa cantiga/apêndice desta Fala da criada dos Noailles que no fim de contas vamos descobrir chamar-se também Séverine numa noite do Inverno de 1975 em Hyères: “A arte não serve para nada. Só para gastar dinheiro”.
Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves
Desenho de luz Pedro Domingos
Maquilhagem e cabelos Eva Silva Graça, Ana Duarte (com o apoio de Alexandra Viveiros)
Interpretação Elsa Galvão, Vânia Rodrigues, Pedro Lamas, Pedro Mendes, Jessica Anne, João Delgado, Miguel Aguiar, Ricardo Batista e alunos do 2.º ano do Curso de Teatro da ESMAE
Co-produção Artistas Unidos, Culturgest
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