Bailarinos de sete nacionalidades convivem com uma miríade de músicos e de músicas, para em conjunto produzirem uma amálgama de sons e sentidos, sinalizando assim este território sem fronteiras levantado em palco. Rui Horta roubou o título desta sua criação (As Lágrimas de Saladino) ao 10.º capítulo de As Cruzadas Vistas pelos Árabes, de Amin Maalouf. Quando entrou em Jerusalém no ano de 1187, após 91 anos de sangrenta ocupação pelos combatentes cristãos do Ocidente, Saladino deu ordens aos seus soldados para evitar a pilhagem e o massacre. Quando a religião volta a ser o ponto de todas as discórdias, o coreógrafo parte deste “acto de compaixão” para nos propor uma reflexão sobre a construção da incógnita, lugar de permanente tensão mas de incomensurável poesia.
direcção, espaço cénico, desenho de luz Rui Horta
coreografia Rui Horta, em conjunto com todos os intérpretes
textos Rui Horta, Tiago Rodrigues
música original e direcção musical João Lucas
interpretação Gilles Baron, Katarzyna Sitarz, Marcus Baldemar, Milán Újvári, Noemí Viana Garcia, Silvia Bertoncelli, Vít Barták
músicos Anthony Wheeldon (guitarra e electrónica), DJ Ride (turntable e electrónica), Marco Santos (percussão e electrónica), Paulo Temeroso (sopros e electrónica); banda filarmónica Banda da Sociedade Carlista (Montemor-o-Novo)
co-produção Centro Cultural de Belém, O Espaço do Tempo, Centro Cultural Vila Flor, TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, TNSJ
duração aproximada 1:30
classificação etária M/12 anos
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