"A história de Joseph Merrick – inglês da segunda metade do século XIX, vítima de uma doença rara que lhe deformou cara e corpo – começou a ser imortalizada por David Bowie, que protagonizou a peça de Bernard Pomerance durante longos oito meses nos palcos da Broadway. Imortalizou-a definitivamente John Hurt, no filme de David Lynch que tinha por teaser uma das declarações de Merrick: “Eu não sou um elefante! Eu não sou um animal! Eu sou um ser humano! Eu sou… um homem!” Retomando um projecto gorado de Mário Viegas em que participava como actriz, Sandra Faleiro encena O Homem Elefante, descrevendo-nos a trajectória desta criatura que de atracção em freak shows passa a curiosidade da comunidade científica e, finalmente, a coqueluche do meio artístico e aristocrático. O espectáculo desencadeia um jogo de espelhos, privilegiando uma leitura mais alegórica que naturalista: ao revelar a humanidade que se esconde sob uma repulsiva monstruosidade, dá também a ver a subtil monstruosidade que radica sob uma aparência de normalidade… “Venham ver que eu monstro-vos.” "
de Bernard Pomerance
tradução e dramaturgia Miguel Castro Caldas
encenação Sandra Faleiro
cenografia Stéphane Alberto figurinos Paulo Mosqueteiro
música original e sonoplastia Sérgio Delgado
desenho de luz José Manuel Rodrigues
interpretação António Fonseca, António Mortágua, Cláudio da Silva, Manuel Coelho, Ricardo Neves-Neves, Rita Lello, Vera Kalantrupmann
co-produção TNDM II, Primeiros Sintomas
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