domingo, 13 de fevereiro de 2011

Histórias de Família no Estúdio Zero até 27 de Fevereiro



Texto | Biljana Srbljanovic
Direcção de Actores | Daniel Pinto
Tradução| Maria do Céu Ribeiro
Interpretação | Cátia Guedes
Cristovão Carvalheiro
Miguel Lemos
Rita Lagarto

Desenho de Luz | Rui Monteiro
Figurinos | Lita Marcelino
Cenografia | Ana Gormicho e Daniel Teixeira
Sonoplastia | Bruno Pereira
Design Gráfico | Cristovão Carvalheiro
Produção | Bisturi
CO-PRODUÇÃO As Boas Raparigas e Teatro Bisturi
Apoios | TNSJ, Teatro do Bolhão, TUP, Teatro Bruto, Teatro do Frio, Fábrica da Rua da Alegria, Lipor



“ - Bem, meu filho, repete o que dissemos: Como é que um homem inteligente se deve comportar?
-Um homem inteligente respeita a regra: A cabeça na areia, o cu contra a parede.
-Exacto. E o que é que ele não deve fazer? Nunca a nenhum preço?
-Dizer o que pensa.
-Exacto. E a quem?
-Não interessa. Seja a quem for.
-Seja a quem for, meu filho, seja a quem for. O mesmo comportamento para todos: Não vejo, não ouço e sobretudo, especialmente e particularmente: NÃO PENSO. É isto?”

“Os heróis desta peça não são os pobres, nem pelo seu carácter, nem pela sua vida quotidiana.
São os cidadãos de um país em ruínas.”


Biljana Srbljanovic

Nasceu em 15 de Outubro de 1970 em Estocolmo, Suécia, naturalizada Sérvia, reside em Belgrado e, para além de ser dramaturga e política, é também docente da Faculdade de Artes Dramáticas de Belgrado.
Biljana escreveu 7 peças. As suas peças foram encenadas em 50 países. Em 1 de Dezembro de 1999, ela tornou-se a primeira escritora estrangeira a receber o prémio Ernst Toller.
A sua obra teatral valeu-lhe vários prémios, incluindo o prémio Selenic Slobodan, o prémio Osvajanje Slobode, o prémio Cidade de Belgrado e o prémio Sterija.


BISTURI

Entramos recentemente no mercado de trabalho como um grupo de jovens actores que se preocupa com a sociedade em que vive e que quer intervir artística e activamente no desenvolvimento da mesma. Interessa-nos trabalhar em laboratório, quer no plano do trabalho de actor, quer no plano da transposição à realidade social que se instala no Porto, Portugal, Mundo.
Temos lido e relido com especial atenção esta peça, que retrata uma realidade que não nos é, em primeiro plano, próxima, mas que ao reflectirmos sobre ela as temáticas tornam-se transversais. É do nosso total interesse expor, reflectir e trabalhar sobre os quadros familiares que a autora nos apresenta – são uma forma de exposição de uma sociedade enfraquecida pela educação nas crianças e de como tudo isto se manifesta já na idade adulta. E porque não revisitar as ‘’brincadeiras’’ e traquinices da infância, num turbilhão do faz-de-conta, num acto heróico-critico de sensibilização da nossa consciência e da do nosso público, sobre estas questões?


Duração aproximada: 1h45m
Classificação etária: M/16
Preço: 5 euros 
9 a 27 de Fevereiro de quarta a domingo - 21h30

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