"Como começar por falar deste ciclo de Hestórias? É uma pergunta que tenho feito para mim por diversas vezes. Parece-me sempre o modo pouco concreto de o fazer a cada ideia que tenho. É um ciclo, mas não sei se se cumpre, se se não cumpre, mas é um ciclo, ou melhor uma caminhada pelos meandros teatrais. Chegam até nós, obras dos 4 cantos cinematográficos - há as documentais, as experimentais, as faccionais, as ficci...onais, as que não se catalogam, e as que desejamos ainda catalogar.
Tenho em mente a divisão do mesmo em 5 volumes
Vol I _ As caras
Vol II _ Os textos
Vol III _ Os movimentos
Vol IV _ Os processos
Vol V _ Da cena à acção
…quando afirmo “tenho em mente” digo-o pois alguns destes documentos não são certos de se conseguir e nem sempre em estado de conservação passível de ser projectado. Mas quanto a isso faremos toda a caminhada necessária.
Quanto aos inícios do cinema Português, iremos procurar o quão estavam dependentes de um movimento teatral – as suas caras, os seus textos, os encenadores que passaram a olhar através câmara, os actores que partem para a frente da câmara – e como o teatro se fez ver através do cinema, como os seus processos foram documentados e como a cena foi construída e pensada. Um manancial de formas e ideários em torno de algo que denominamos TEATRO
Quando partimos para esta caminhada, muitos dos trabalhos chegavam-nos de modo vestigial, em livros que nos foram passando pelas mãos, em filmes que fomos vendo e nos remeteram para outros tantos, em longas conversas de café com os amigos que se foram juntando a nós e nos trouxeram todo um conhecimento e a alegria do que por aí vem, e do que por aí foi.
Espero que estes momentos de encontro se reflictam num outro pensar a Cena, num outro pensar o Cinema, num outro pensar o Nosso Legado Histórico, pois não se justifica que o cinema português continue a ser tão injustamente esquecido.
Que o TEATRO seja o pretexto, o subtexto e todas as variantes Stanislavskianas possíveis para um reencontro com estes momentos talvez Teatrais.
Estamos muito curiosos por nos encontrar com estas obras.
Neste vol IV _ Os Processos, olharemos para o que está atrás da cena. Acompanharemos os movimentos feitos por toda uma equipa até ao encontro final com o Público, esse democratizador de todas as coisas – segundo Pancho Guedes, poeta da Arquitectura.
Quisemos descobrir novos trabalhos, e promover a criação de novos olhares sobre o Teatro, promover encontros sobre o Teatro… e fica-me a dúvida cá no toutiço
- o que faz do Teatro, Teatro Português?
Gostava de deixar aqui algumas graças a amigos como a Regina e o Saguenail, incansáveis nas suas dádivas, ao Paulo Cunha pelas sugestões intermináveis, ao Loja Neves que nos visitou faz pouco tempo, à Ana Miranda, pessoa de grande generosidade que me apresentou muita desta gente maravilhosa, ao António e ao João e ao Maia que nos vêm apoiando em tudo, e claro… esta lista é interminável… e a Amarante, e o António Soares, e à Solveig Nordlund, e à Margarida Cardoso e ao Hugo Cruz, e ao Jorge Silva Melo, pela prontidão...
Bem bem, nem sei o porquê disto tudo, pois muitos de vós já são pessoas cá da casa de Miragaia."
Tenho em mente a divisão do mesmo em 5 volumes
Vol I _ As caras
Vol II _ Os textos
Vol III _ Os movimentos
Vol IV _ Os processos
Vol V _ Da cena à acção
…quando afirmo “tenho em mente” digo-o pois alguns destes documentos não são certos de se conseguir e nem sempre em estado de conservação passível de ser projectado. Mas quanto a isso faremos toda a caminhada necessária.
Quanto aos inícios do cinema Português, iremos procurar o quão estavam dependentes de um movimento teatral – as suas caras, os seus textos, os encenadores que passaram a olhar através câmara, os actores que partem para a frente da câmara – e como o teatro se fez ver através do cinema, como os seus processos foram documentados e como a cena foi construída e pensada. Um manancial de formas e ideários em torno de algo que denominamos TEATRO
Quando partimos para esta caminhada, muitos dos trabalhos chegavam-nos de modo vestigial, em livros que nos foram passando pelas mãos, em filmes que fomos vendo e nos remeteram para outros tantos, em longas conversas de café com os amigos que se foram juntando a nós e nos trouxeram todo um conhecimento e a alegria do que por aí vem, e do que por aí foi.
Espero que estes momentos de encontro se reflictam num outro pensar a Cena, num outro pensar o Cinema, num outro pensar o Nosso Legado Histórico, pois não se justifica que o cinema português continue a ser tão injustamente esquecido.
Que o TEATRO seja o pretexto, o subtexto e todas as variantes Stanislavskianas possíveis para um reencontro com estes momentos talvez Teatrais.
Estamos muito curiosos por nos encontrar com estas obras.
Neste vol IV _ Os Processos, olharemos para o que está atrás da cena. Acompanharemos os movimentos feitos por toda uma equipa até ao encontro final com o Público, esse democratizador de todas as coisas – segundo Pancho Guedes, poeta da Arquitectura.
Quisemos descobrir novos trabalhos, e promover a criação de novos olhares sobre o Teatro, promover encontros sobre o Teatro… e fica-me a dúvida cá no toutiço
- o que faz do Teatro, Teatro Português?
Gostava de deixar aqui algumas graças a amigos como a Regina e o Saguenail, incansáveis nas suas dádivas, ao Paulo Cunha pelas sugestões intermináveis, ao Loja Neves que nos visitou faz pouco tempo, à Ana Miranda, pessoa de grande generosidade que me apresentou muita desta gente maravilhosa, ao António e ao João e ao Maia que nos vêm apoiando em tudo, e claro… esta lista é interminável… e a Amarante, e o António Soares, e à Solveig Nordlund, e à Margarida Cardoso e ao Hugo Cruz, e ao Jorge Silva Melo, pela prontidão...
Bem bem, nem sei o porquê disto tudo, pois muitos de vós já são pessoas cá da casa de Miragaia."
Miguel Ramos
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